quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Argumentação

A palavra é um poderoso instrumento de transformação e de persuasão. É através da palavra que nós propomos mudanças, apresentamos propostas e oferecemos nossas justificativas. Essa atividade gira em torno dessa dimensão social da palavra, uma dimensão transformadora e – por que não? – revolucionária


O texto pode ser subversivo?


Vejamos primeiro o que nos diz o dicionário sobre sentido do palavrão: subversivo – que ou aquele que pretende transformar a ordem política, social e econômica estabelecida.

Podemos atribuir essas capacidades todas a um texto? Acaso, pode um conjunto articulado de temas ter a pretensão de destruir uma ordem estabelecida?
 



Tudo indica que sim... Vejamos o que nos diz a história recente.

Era uma vez...
Pesquisas recentes realizadas por professores e alunos da Universidade de São Paulo, dão conta de que o Deops (Departamento Estadual de Ordem Política e Social) guarda vários segredos sobre a nossa história. O órgão oficial atuou entre os anos de 1924 e 1983, e ficou conhecido por bisbilhotar, censurar e prender inúmeros intelectuais simpatizantes das ditas “ideias avançadas” ou comunistas.


Segundo Tucci Carneiro, professora de história da USP, os arquivos da instituição, disponíveis para consultas desde 1994, informam muito sobre a nossa história recente de perseguição política e constituem farto material de pesquisa para os interessados nas chamadas atividades subversivas.
Ora, essa subversão operada pelos intelectuais (e combatida violentamente pela polícia política do Brasil militar), realizava-se, sobretudo, a partir dos textos. Através de pequenos jornais, os intelectuais “subversivos” divulgavam por escrito as suas ideias contrárias à ordem estabelecida.

E se, incontestavelmente, as ideias não ganhavam corpo senão nos textos produzidos pelos intelectuais e artistas, então podemos dizer que um texto pode, sim, ser subversivo, na medida em que expõe novos modelos, novos padrões, novas formas de convivência social e de práticas políticas.


Fonte: Portal Educacional Clickideia.

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